segunda-feira, 6 de outubro de 2014

16 milhões acessam internet enquanto assistem à TV


Acessar a internet ao mesmo tempo em que se assiste à televisão já é uma realidade para 16 milhões de brasileiros. É o que aponta o estudo Social TV, realizado pelo Ibope Media.
A troca de mensagens em comunicadores instantâneos é a principal atividade desses espectadores de programas televisivos. No entanto, 38% deles publicam comentários sobre as atrações assistidas nas redes sociais. Segundo a Proxxima, esse número representa um salto de 136% em relação a 2012, quando a empresa divulgou a primeira pesquisa sobre o assunto.
O público feminino e os jovens em geral são os dois grupos mais propensos a aliar as duas atividades.
Dados do relatório apontam que, em São Paulo e Rio de Janeiro, 65% das pessoas que publicam a respeito de algum programa durante sua transmissão são mulheres e 66% delas estão na faixa dos 10 a 29 anos de idade.
O estudo também conclui que grande parte (80%) do público que comenta nas redes enquanto assiste à TV já trocou de canal ou ligou a televisão para conferir um programa que foi sugerido ou comentado em uma mensagem que recebeu pela internet.
Fatos considerados engraçados são os mais comentados - 64% dos paulistas e cariocas afirmam que atrações desse tipo são as que mais geram repercussão; eventos polêmicos (44%) e trágicos (25%) vêm na sequência. 

fonte: http://baguete.com.br/noticias/03/10/2014/16-milhoes-acessam-internet-enquanto-assistem-a-tv

quinta-feira, 27 de março de 2014

Governo ainda não desistiu da obrigatoriedade de data centers no Brasil


Depois de tantos adiamentos, a votação do Marco Civil pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25) só foi possível porque, entre outras negociações, o governo concordou em abrir mão da regra que obrigaria o armazenamento de informações em data centers instalados no país. Mas a ideia não foi descartada: segundo Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, o governo deverá abordar o assunto novamente no próximo semestre.

O próprio ministro explicou que o governo aceitou excluir a regra do Marco Civil para evitar que este ponto travasse a votação por ainda mais tempo e por saber que o assunto poderá ser discutido junto a um projeto de lei que trata da proteção de dados pessoais que deverá chegar ao Congresso nos próximos meses.

Além das questões relacionadas a espionagens, um dos argumentos dados pelo governo para defender a proposta é a “soberania para a Justiça”: Paulo Bernardo usou como exemplo um caso onde o Google se negou a repassar dados ao Supremo Tribunal Federal sob a alegação de que estas informações estariam armazenadas em servidores nos Estados Unidos, de forma que a sua liberação só poderia ser concedida às autoridades deste país.

Outro argumento é o apelo econômico. Para o ministro, infraestruturas locais de armazenamento de dados podem fazer o Brasil ter participação expressiva em um mercado promissor, não necessariamente pelas instalações em si, mas porque, cada vez mais, os dados passam a ser vistos como “riquezas”.

Paulo Bernardo explicou ainda que a ideia deverá ser reapresentada no segundo semestre e, com sorte, poderá ser aprovada ainda em 2014. A principal diferença em relação à proposta feita para o Marco Civil é que o projeto poderá ser mais flexível: como a obrigatoriedade pode continuar não sendo bem recebida, o governo já cogita criar mecanismos que ao menos incentivem a instalação de data centers no Brasil.

A preocupação, por ora, é com a próxima etapa: a aprovação do Marco Civil pelo Senado. Como o assunto foi bastante debatido na Câmara dos Deputados e acompanhado de perto por diversos senadores, Paulo Bernardo acredita que não haverá muito o que debater e, assim, a votação deverá ser rápida. Por via das dúvidas, o ministro já confirmou que irá pedir agilidade ao Senado.



sexta-feira, 21 de março de 2014

Site permite que usuários façam videoconferência sem instalar programa



O Appear.in (https://appear.in) é um site que permite realizar videoconferências grátis, de forma online, sem a necessidade de baixar ou instalar programas. Para utilizar a alternativa, basta ter com computador conectado à internet e uma webcam com microfone.

Ao entrar no site, o usuário escolhe o endereço onde será feita a videoconferência – a URL será sempre um nome ao final de https://appear.in (por exemplo, https://appear.in/uoltecnologia ou https://appear.in/uolnoticias). Como o sistema não exige senhas, o ideal é criar um nome pouco óbvio para evitar intrusos na conversa.

Ao clicar no botão "Create", basta enviar o endereço para seus amigos. Eles só precisam copiar a URL no navegador para começar a conversar. O programa permite no máximo oito participantes por conferência e oferece a possibilidade de enviar mensagens de texto.

Nos testes realizados pelo UOL Tecnologia,em algumas ocasiões o áudio ficou "picado". Entretanto, no geral, mesmo com oito pessoas participando da conferência, a qualidade de vídeo e de som permitiram ótima comunicação à distância. O Appear.in é compatível com os navegadores Chrome, Firefox e Opera.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Aspectos importantes do Datacenter



O DATACENTER é o lugar onde os dados das organizações são armazenados e processados. Boa parte dos investimentos que são alocados para a infra-estrutura ficam no DATACENTER em forma de produtos ou serviços.
Com os clientes internos da organização solicitando cada vez mais capacidade de processamento e de armazenamento, os DATACENTERS atingiram a capacidade máxima. Os gerentes de TI estão avaliando novas tecnologias de virtualização para utilizar melhor os recursos. As organizações estão repensando a arquitetura e o planejamento do DATACENTER como
resultado do aumento das normas e da fiscalização rigorosa sobre a recuperação em caso
de desastres, incluindo a consolidação ou mesmo a realocação — projetos
com grande impacto nos níveis de serviço fornecidos e nos custos
das operações de TI. A consolidação e a realocação envolve todos os ativos de TI e aplicativos que recebam suporte, portanto um planejamento abrangente é crítico para que o negócio continue a funcionar sem interrupção.
O papel principal dos componentes do DATACENTER neste cenário é possibilitar que o DATACENTER propicie o nível de serviço adequado para cada aplicação. Por sua vez o nível de serviço é medido por dois principais fatores : Disponibilidade e Performance já abordados neste blog.
Por sua vez cada aplicação deve sustentar o respectivo processo ou os respectivos processos de negócio que suporta(m).
O usuário do processo é quem vai realmente sentir o nível de serviço prestado por toda a estrutura tecnológica projetada. As partes de um DATACENTER são mostrados na figura abaixo.


Existem oito funcionalidades-chave que devem ser consideradas na construção do DATACENTER. Os componentes que permitem a obtenção destas funcionalidades devem ser projetados para funcionarem em conjunto, ou seja integrados, e atender as demandas da organização.
Funcionalidades-chave:
Processamento - Meio de Processamento. Servidores e Processadores se encontram aqui.
Conectividade - Conexão entre os componentes e com o mundo exterior. Switches, Roteadores e Acelarodes WAN estã aqui. O DATACENTER deve dispor de uma infra-estrutura de conectividade WAN Internet com enlaces de alta velocidade (broadband) redundantes entre si. Quanto à conectividade LAN, o DATACENTER deve ter uma rede física e lógica estruturadas com cabeamento padronizado, desenho padrão de rede (core, distribuição e acesso) separando redes por VLANS para as redes de dados, backup e gerenciamento, de redes físicas distintas. Virtualização - Servidores físicos rodando diversas aplicações. Sistemas Operacionais de Virtualização e suas funcionalidades estão aqui.
Armazenamento - Armazenamento de dados utilizando unidades do tipo storage estão aqui. Redes e Dispostivos de conexão ao storage são considerados aqui.
Backup & Recovery - Políticas, softwares e dispositivos de backup e restore são considerados aqui.
Gerenciamento - Toda a malha de gerenciamento, envolvendo desde o Hardware e indo até os aspectos de automação de patches são tratados aqui. Deve haver planejamento e controle da produção garantindo a execução dos processos de TI como as paradas programadas, execução de jobs e rotinas periódicas. Os serviços devem poder ser executados por administração remota.O gerenciamento deve possibilitar uma operação assistida 24x7 com suporte aos sistemas operacionais, banco de dados, servidores e storage..
Segurança - Aspectos de segurança lógica e prodtuos vinculados a segurança como firewalls e antí-virus são tratados aqui. A arquitetura deve ser projetada para ter segurança nas múltiplas camadas com switches e firewalls entre as camadas. A tecnologia de Virtual LAN (VLAN) permite separação lógica para segurança do ambiente. A infra-estrutura deve incluir firewalls . As regras de firewall são fixadas para não permitir tráfego que não seja absolutamente necessário para a operação do DATACENTER.
HA (high avalaibility) & DR(disaster recovery) - tratam de tecnologias para alta disponibilidade e recuperação a desastres.
Estas funcionalidades-chave serão tratadas ao longo do tempo neste blog.
O aspecto principal da integração entre estes componentes é a interoperabilidade . A interoperabilidade em TI trata de possibilitar a troca de informações e/ou dados através de computadores desenvolvendo padrões de comunicação, transporte, armazenamento e representação de informações, através do envolvimento de um conjunto de organizações. Outros dois aspectos a serem considerados no projeto é o provimento de energia e refrigeração e as instalações físicas.
O provimento de energia e refrigeração deve estar de acordo com as premissas adotas quando da formulação do projeto. A carga de TI e a carga dos equipamentos que suportam a refrigeração e o seu crescimento futuro devem ser consideradas no correto dimensionamento dos componentes chave do DATACENTER. lembrar aqui que a eficiência do DATACENTER em geral gira em torno de 40%, ou seja, para cada 1KW injetado, só 400W serverm a carga de TI.
A temperatura e a umidade devem ser monitoradas e controladas por meio de sistemas de climatização precisos e redundantes. Os DATACENTERS utilizam em muitos casos pisos elevados para possibilitar que o fluxo de ar seja direcionado para baixo dos equipamentos a fim de mantê-los refrigerados. Também deve ser considerado os sistemas de detecção de incendio e supressão de incêndio.
O DATACENTER deve também possuir um DOC (Datacenter Operation Center), um sistema integrado de gestão, suporte e monitoramento de redes, 24x7,capacitado a lidar com serviços de missão crítica, com pessoal especializado.
O NOC deve garantir o monitoramento e a disponibilidade do DATACENTER, permitindo redução de custos e gerência total de todos os recursos de TI.
Em geral o NOC incorpora uma solução de Firewall Gerenciado, que permite o controle da navegação do usuário, negando acesso a aplicações e sites desnecessários além de incorporar um sistema de logging que permite aos gestores monitorar as atividades de cada funcionário.
O NOC fornece também relatórios personalizados de acordo com as necessidades de cada cliente, contendo informações sobre capacidade, uso e falhas, entre outros. 


O acesso de pessoal no DATACENTER deve ser controlado via leitoras magnéticas de cartões de segurança. O acesso a todas as áreas do edifício deve ser autorizado antes que a entrada seja permitida. Existem ainda áreas internas de acesso restrito, como áreas de equipamento crítico, onde somente indivíduos com autorização especial podem acessar. Câmeras de vídeo podem ser utilizadas para monitorar e registrarm todo o tráfego de entrada e saída de pessoas. As portas das áreas de sistemas críticos devem possuir sistemas de alarmes embutidos monitorados pela segurança.
Deve-se considerar também a gama de serviços envolvidos no projeto (consultoria) , na implementação (serviços operacionais ) e no suporte (serviços de suporte)
A idéia de enxergar a montagem do DATACENTER como uma montagem de LEGO induz a necessidade de construi-lo em pequenas partes integradas ou blocos . Tem-se aqui três opções :
CHASSIS: Construí-los baseados em CHASSIS que utilizam servidores BLADES conforme ilustra a figura abaixo. 


RACKS: Construí-los da forma convencional em blocos de racks de servidores, modularidade média sem o compromisso de utilizar chassis de blades para o form-factor de todos os servidores


O padrão TIA-942 de 2005 define um padrão para aspectos básicoas do DATACENTER como :

- Layout e Espaço Físico
- Infra-estrutura de cabeamento 
- Condiçoes ambientais
- Classificação por níveis de disponibilidade (baseado na definição do Uptime Institute)

terça-feira, 18 de março de 2014

Por que utilizar fibra óptica? Quais são as suas aplicações?



O uso crescente da fibra óptica vem mudando dramaticamente o mundo das telecomunicações. Ao longo de todo o planeta, a fibra óptica vem substituindo os cabos convencionais de cobre, como os cabos "pares trançados" e os cabos coaxiais.

As fibras ópticas possuem várias aplicações. Dentre elas destacamos, geração de imagens, iluminação, sensores e telecomunicações. 

Atualmente, fibras ópticas para telecomunicações podem ser encontradas em toda parte. Muitas operadoras de telefonia de longa distância, assim como, operadoras locais e empresas de TV à cabo, possuem sistemas instalados com base em fibras ópticas. A maior quantidade de fibra instalada para a comunicação global pode ser encontrada em sistemas submarinos e cabos submersos no oceano conectando os cinco continentes.

Muitas empresas de geração de energia elétrica estão instalando fibras para substituir os antigos sistemas de microondas de baixa capacidade.

Concessionárias de rodovias também utilizam fibras ópticas, criando assim as chamadas "rodovias inteligentes", as quais oferecem serviços como cobrança automática de pedágio e informações em tempo real sobre o tráfego.

As fibras ópticas também podem ser encontradas em redes internas de computadores de alta velocidade (LANs).

O uso de fibras ópticas por operadoras de longa distância, assim como operadoras locais e provedores de redes de acesso vêm se tornando cada vez mais comum devido às vantagens significativas das fibras ópticas.

As fibras ópticas também são muito utilizadas por empresas que querem agilizar a comunicação no campus corporativo. Atualmente, redes corporativas de alta velocidade conectam com segurança e robustez os sistemas corporativos, reduzindo o tempo de comunicação entre departamentos e aumentando o fluxo de informação entre a mesa do funcionário e a central de armazenamento de dados.

As fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas eletromagnéticas, em forma de luz. Uma característica importante é o fato de não ser suscetível à interferência eletromagnética, por não transmitir pulsos elétricos, o que as tornam ideais em muitas aplicações. Na construção de redes, as fibras ópticas apresentam grandes vantagens: grande capacidade de transmissão de dados; insensibilidade às perturbações eletromagnéticas; atenuações muito reduzidas, permitindo ligações de dezenas de quilômetros sem amplificadores; dão origem a cabos com diâmetros menores, mais leves e flexíveis, o que permite uma diminuição dos custos de colocação e montagem. 

De forma geral, as fibras ópticas se dividem em dois tipos distintos: Multimodo (multimode) ou Monomodo (single-mode). Elas são muito diferentes entre si. Enquanto as fibras Multimodo são adequadas para instalações de até 3 Km, as fibras Monomodo são ideais para instalações de grandes distâncias e baixa larga, por isso são as mais utilizadas pelas companhias prestadoras de serviços de telecomunicação.

Quando devemos utilizar cabos de fibras ópticas? 

Quando você for obrigado a usar, ou quando seu uso fizer sentido. Você será obrigado a usar cabos de fibra óptica se adquirir um equipamento que tenha conexões realizadas com fibras ópticas, se a companhia prestadora de serviços de telecomunicação instalar fibras na sua região e você desejar estender esta conexão ou, mais importante, se o seu projeto incluir fibras ópticas em sua instalação. Por outro lado, faz sentido usar fibras ópticas quando:

1- A instalação envolve grandes distâncias (centenas ou milhares de metros ou quilômetros) 

2 - O ambiente de instalação apresentar muita interferência eletromagnética (fibras ópticas são imunes a qualquer tipo de interferência ou ruído) 

3- Nos ambientes agressivos (fibras ópticas são imunes à oxidação e corrosão, que costumam ser um problema para os cabos de cobre) 

4- For preciso reduzir o peso e o tamanho dos cabos (as fibras ópticas são extremamente leves e compactas)

5- For preciso trafegar uma elevada taxa de dados, ou sinais analógicos com grande largura de faixa. Certos tipos de fibras ópticas podem oferecer até 27 GHz de largura de banda.

Conte com a Arqdata Engenharia de Redes para o seu projeto.


O futuro é multicanal


Você está conectado com os seus clientes? E com os amigos deles? Hoje as pessoas estão cada vez mais conectadas. Há tempos ter internet no smartphone deixou de ser um luxo e se tornou necessidade. As pessoas querem estar acessíveis 24h por dia para se relacionar com parentes e amigos. Até mesmo o trabalho se modificou com o aumento da conectividade: já vi pessoas presas em congestionamentos que aproveitaram este tempo “livre” para adiantar reuniões e mandar documentos para colegas.

E este é um caminho sem volta: até 2019 teremos 9,3 bilhões de conexões móveis no mundo, sendo que 5,6 bilhões representam apenas os smartphones. Este número aponta para um crescimento de três vezes em relação à base atua destes dispositivos. Considerando estes dados da pesquisa 4G Americas, como você acha que o consumidor do futuro vai tentar resolver problemas ou tentar entrar em contato com as empresas? Estar preparado para oferecer soluções viachat, e-mail, aplicativo, telefone, mensagem de voz, etc, representa estar pronto para o futuro. O contact center precisa ser capaz de atender à demandas vindas de diferentes canais.

Além disso, o cliente atual exerce seu papel de protagonista na relação de compra e venda, indicando os produtos e serviços que considera interessante para suas conexões on-line. A maioria das páginas de grandes atacados trabalha com sistema de indicação para amigos, resenhas e notas através de estrelas e similares. Não é novidade afirmar que as pessoas confiam mais neste tipo de material do que em propagandas. Por isso é extremamente relevante observar quais são as opiniões acerca do seu produto e quantas pessoas elas influenciam.

Hoje as empresas precisam estar conectadas aos seus clientes e também aos amigos deles. É preciso conseguir fornecer um serviço de qualidade que valha a pena ser compartilhado nas redes sociais, por exemplo. Por isso reafirmo: o futuro do atendimento ao cliente é multicanal. Quem não trabalhar com este tipo de solução, não estará preparado para atender os 9,3 bilhões de consumidores mobile que teremos até 2019. E que empresa quer perder uma parcela tão grande de mercado?

 [Crédito da Imagem: Multicanal - ShutterStock]


segunda-feira, 17 de março de 2014

Sistema para bloquear celulares piratas e não homologados pela Anatel começa a funcionar semana que vem



O Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos, desenvolvido para bloquear celulares não homologados pela Anatel, entrará em funcionamento na segunda-feira (17), de acordo com o G1. Mas ainda não há com o que se preocupar: nesta primeira fase, o Siga fará apenas um registro dos aparelhos em funcionamento no país. Os bloqueios devem começar somente em setembro e, pelo menos no início, aparelhos que já estão em uso continuarão operando.


Com custo estimado de R$ 10 milhões, o Siga foi bancado pelas quatro grandes operadoras de celular do país e será operado pela ABR Telecom, a mesma entidade que administra a portabilidade numérica no Brasil e gerencia um sistema de registro de celulares roubados. Nos próximos seis meses, quando um aparelho se conectar às redes da Claro, Oi, TIM ou Vivo, o código IMEI será enviado ao banco de dados do Siga.

O bloqueio de dispositivos não homologados, que começa em setembro, inicialmente afetará somente novos aparelhos. Como os atuais aparelhos piratas tendem a sumir do mercado e um dia terão que ser substituídos de qualquer forma, a Anatel ainda não decidiu se vai bloquear os que já estão em funcionamento. Mesmo se essa medida for tomada no futuro, a Anatel garante que “ninguém vai ter o aparelho desabilitado de um dia para o outro”.

Como o sistema sabe que o celular é homologado ou não? As informações ainda são vagas. A Anatel não divulga muitos detalhes propositadamente para não facilitar as fraudes, se limitando a dizer que possui uma relação de IMEI de todos os aparelhos certificados no Brasil; se o IMEI não estiver na lista, o aparelho não poderá fazer chamadas ou acessar a internet.

A ideia parece simples, mas nós sabemos que é possível clonar o IMEI de um aparelho original e homologado pela Anatel, então apenas essa medida não eliminaria os xing lings, que podem causar problemas nas redes das operadoras, prejudicando outros clientes. Como esses celulares não são certificados, não sabemos se eles emitem níveis de radiação danosos à saúde.

O bloqueio por IMEI também gera outro problema: como ficam os celulares importados, que foram certificados em outros países, mas não pela Anatel? Este é o caso de aparelhos da HTC, que saiu do Brasil, ou mesmo modelos de fabricantes conhecidas que não serão vendidos por aqui, como o Sony Xperia Z1 Compact. Outro exemplo são os iPhones 5c e 5s americanos, que são diferentes dos modelos brasileiros. Isso prejudicaria pessoas que importam smartphones por meios legais ou mesmo turistas que trazem seus próprios aparelhos.

De acordo com uma nota divulgada pelo SindiTelebrasil, sindicato das operadoras de telefonia móvel, “se o aparelho não é homologado, não ocorre a habilitação imediata e o usuário é encaminhado para atendimento diferenciado pela prestadora”. Ou seja, o usuário tem a oportunidade de esclarecer que seu celular não é pirata. No entanto, hoje a Anatel disse que recomenda aos consumidores verificarem se o modelo já foi homologado no Brasil antes de comprar celulares fora do país, indicando que modelos originais também poderão ser afetados.

Entramos em contato com a Anatel para esclarecer essas questões. Por telefone, a agência nos informou que “tem conhecimento de terminais problemáticos” e que o período de testes será usado para detectar os possíveis problemas que poderão ocorrer com os bloqueios; só após o diagnóstico as operadoras tomarão as ações necessárias. A Anatel reforçou que os clientes serão informados antes de terem seus aparelhos bloqueados.

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